A celebrações de Natal nos países árabes com uma maioria cristã, como Líbano, Egito e Síria, é feita com grande entusiasmo. As festividades incluem decorações coloridas nas ruas e lares, luzes brilhantes, árvores de Natal adornadas e elaboradas refeições familiares.

No Egito, por exemplo, a comunidade cristã copta celebra o Natal em 7 de janeiro, com missas especiais nas igrejas e procissões. Preparam-se pratos tradicionais como o “fattah”, um guisado de carne e arroz, e trocam-se presentes entre familiares e amigos.

Celebrando o Natal nos Países Árabes
Natal em Beirute, Líbano

No Líbano, as celebrações natalinas incluem a decoração de ruas e praças, mercados de Natal, concertos e desfiles. A ceia de Natal é um momento especial onde a família se reúne para apreciar pratos tradicionais como “kibbeh” e “stuffed grape leaves”.

Na Síria, a comunidade cristã também celebra o Natal com liturgias religiosas, decorações festivas e refeições tradicionais como o “hashweh” (um prato de arroz com carne de cordeiro), doces e sobremesas.

Cada país árabe tem suas próprias tradições e costumes que tornam única a celebração do Natal. As comunidades cristãs nesses países mantêm viva a essência desta festividade com práticas enraizadas em sua cultura e fé religiosa.

Natal nos países árabes, onde é comemorado

Há vários países árabes onde o Natal é celebrado, principalmente aqueles com comunidades cristãs significativas. Aqui estão alguns desses países e como as celebrações de Natal ocorrem:

  1. Líbano: É um dos países árabes com uma grande população cristã. O Natal é celebrado com entusiasmo e cores. As ruas são decoradas com luzes brilhantes, árvores de Natal e enfeites festivos. As famílias se reúnem para a ceia de Natal, onde apreciam pratos tradicionais como “kibbeh”, e a troca de presentes é comum. As igrejas organizam missas especiais e eventos festivos em todo o país.
  2. Egito: A comunidade cristã copta no Egito celebra o Natal em 7 de janeiro. As igrejas organizam serviços religiosos especiais e procissões. As casas e ruas são decoradas com luzes e árvores de Natal. Preparam-se pratos tradicionais como o “fattah” (um guisado de carne e arroz) e trocam-se presentes entre familiares e amigos.
  3. Síria: Apesar dos conflitos recentes, a comunidade cristã na Síria celebra o Natal com liturgias religiosas especiais nas igrejas. As casas são decoradas com enfeites natalinos, e as famílias se reúnem para apreciar refeições tradicionais como o “hashweh” (arroz com carne de cordeiro) e doces típicos.
  4. Emirados Árabes Unidos (EAU): É um país onde o Natal é celebrado de maneira especial, apesar de não ser uma festividade oficial devido à maioria muçulmana e à diversidade cultural. Em áreas onde residem comunidades cristãs, como Dubai e Abu Dhabi, é possível observar manifestações natalinas. Centros comerciais, hotéis e áreas turísticas exibem decorações de Natal, árvores decoradas e luzes festivas durante a temporada. As comunidades cristãs nos EAU celebram o Natal participando de serviços religiosos em igrejas e organizando encontros familiares ou com amigos próximos. Embora não seja uma celebração pública oficial, a presença dessa festividade é observada em áreas com uma concentração significativa de residentes estrangeiros que seguem a tradição natalina.
  5. Jordânia: O Natal é celebrado por uma parte significativa da população cristã do país. Apesar da maioria muçulmana, Jordânia possui uma minoria cristã que considera o Natal uma festividade religiosa e cultural importante. As comunidades cristãs na Jordânia, especialmente as denominações ortodoxas e católicas, celebram o Natal com missas especiais nas igrejas, procissões e eventos religiosos. Áreas onde residem comunidades cristãs podem ser decoradas com luzes, árvores de Natal e outros enfeites festivos. A ceia de Natal é uma ocasião especial em que famílias cristãs se reúnem para compartilhar refeições tradicionais, trocar presentes e desfrutar da companhia de seus entes queridos. Além disso, em alguns locais turísticos ou áreas urbanas mais cosmopolitas, é possível encontrar decorações de Natal em centros comerciais ou áreas públicas para celebrar a temporada festiva.
Celebrando o Natal nos Países Árabes
Natal em Dubai (EAU)

Apesar de o Natal não ser uma festividade nacional nos Emirados Árabes Unidos devido à sua diversidade cultural e maioria muçulmana, as comunidades cristãs expatriadas têm a liberdade de celebrá-lo, e algumas áreas mostram elementos decorativos e eventos que refletem essa festividade durante a temporada.

Na Jordânia, o Natal é celebrado pela comunidade cristã como uma festividade religiosa e cultural importante, com a observância de tradições como missas, jantares familiares e decorações festivas em áreas onde residem comunidades cristãs.

Esses países árabes com comunidades cristãs têm suas próprias tradições e costumes para celebrar o Natal. As festividades incluem aspectos religiosos, decorações festivas, refeições tradicionais e encontros familiares, mantendo viva a essência dessa festividade em suas respectivas culturas.

Onde o Natal Não é Celebrado nos Países Árabes

A celebração do Natal nos países árabes não é uma prática comum devido à maioria muçulmana e à ausência significativa de comunidades cristãs. Alguns desses países incluem:

  1. Arábia Saudita: O Natal não é celebrado abertamente na Arábia Saudita, pois é um país de maioria muçulmana e não tem uma população cristã significativa. Expressões públicas de celebrações de Natal são restritas devido às leis e normas do país, que seguem estritamente as práticas islâmicas.
  2. Iêmen: No Iêmen, a celebração do Natal não é comum devido à predominância da população muçulmana no país. O Iêmen é majoritariamente muçulmano, e a comunidade cristã é muito pequena em comparação com outras comunidades religiosas. O Natal não faz parte das festividades nacionais ou tradições culturais no Iêmen. A cultura e tradições iemenitas são enraizadas na prática do Islã, e as festividades islâmicas como o Ramadã e o Eid al-Fitr são as celebrações mais significativas no país. Dado o contexto cultural e religioso do Iêmen, o Natal não é celebrado abertamente e não tem uma presença significativa na sociedade iemenita. Comunidades cristãs, se existirem, podem ter celebrações mais discretas em ambientes privados ou religiosos, mas a festividade não é parte integrante das tradições gerais do Iêmen.
  3. Omã: Embora Omã tenha uma pequena comunidade cristã, a celebração do Natal não é tão proeminente ou generalizada como em alguns outros países. O país continua sendo majoritariamente muçulmano, e as festividades de Natal não são uma parte integral da cultura nacional.

Nesses países, a falta de uma presença cristã significativa e a adesão à fé islâmica são as principais razões pelas quais o Natal não é amplamente celebrado ou não faz parte das tradições nacionais.

Por que os seguidores do Islã não comemoram o Natal e qual é a perspectiva de seu livro sagrado sobre Jesus?

Apesar de ser uma das principais figuras na religião católica e o Natal ser uma das festividades mais difundidas globalmente, os muçulmanos, seguidores do Islã, não participam da celebração do nascimento de Jesus Cristo. Embora Jesus Cristo seja considerado uma figura relevante dentro do Islã, a celebração de seu nascimento é excluída por razões fundamentais que estão enraizadas na visão que essa religião tem sobre ele.

O Corão, texto sagrado do Islã, apresenta Jesus como apenas mais um profeta, enviado para difundir a mensagem de Alá. Chamado de Isa em árabe (idioma de Maomé), ele é reconhecido como o ungido. Sua história guarda semelhanças com o relato católico, mas com notáveis diferenças. A concepção divina de Jesus, central no cristianismo, é mantida no Islã, onde o Anjo Gabriel também anunciou a Maria sua gravidez. Ambas as religiões sustentam a virgindade de Maria e destacam que não houve intervenção masculina na concepção de Isa.

A principal discrepância entre o Islã e o Cristianismo em relação a Jesus está em sua relevância. Enquanto os cristãos o consideram filho de Deus, o Corão o posiciona como um profeta importante, sendo o segundo mais relevante depois de Maomé.

Os muçulmanos não comemoram o Natal por diversas razões fundamentais. Em primeiro lugar, não reconhecem o 25 de dezembro como a data precisa do nascimento de Jesus, pois essa data carece de respaldo histórico e testemunhal. Além disso, o Corão não especifica uma data particular para o nascimento de Isa, sugerindo que tenha ocorrido no verão.

Em segundo lugar, o Islã não promove a celebração dos aniversários dos profetas. Inclusive, não comemoram o nascimento de Maomé, fundador da religião. Embora os muçulmanos não celebrem o Natal, isso não implica subestimar seu significado no contexto do Islã.


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